Em artigo, Felipe Camarão aborda o legado de Paulo Freire na educação do Maranhão

Em artigo, Felipe Camarão aborda o legado de Paulo Freire na educação do Maranhão

 

Por Felipe Camarão

A trajetória de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Maranhão, consolidada com os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação, apontam para uma revolução que transforma a educação maranhense, desde o primeiro ano de gestão do governador Flávio Dino, que se inspirou em um dos mais ilustres educadores do mundo, Paulo Freire, priorizando a educação como a chave de transformação e desenvolvimento social do nosso Estado.

Em toda a história do Maranhão, é a primeira vez que uma gestão tem sua política educacional avaliada nos três ciclos consecutivos, com resultados crescentes, como ocorre no governo Flávio Dino, quando superamos um vergonhoso índice de 2,8, em 2013, saltando para 3,1 em 2015, depois fomos para 3,4 em 2017 e, em 2019, alcançamos a marca de 3,7.

Contudo, para atingir esse patamar, foi necessário planejar um caminho de ações estratégicas que dessem lugar à construção da Escola Digna, a mesma defendida por Freire na “Pedagogia do Oprimido”, ou seja, aquela cuja missão é ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo. Portanto, cada escola entregue, cada professor que está mais valorizado, as formações realizadas, laboratórios instalados, inúmeras bibliotecas abertas, entre outras ações realizadas até aqui, representam investimentos na libertação da nossa gente, por meio do conhecimento.

O IDEB, indicador mais importante da educação brasileira, que avalia o rendimento e fluxo escolar dos estudantes, demonstra que a concepção da gestão da educação maranhense está correta, ao investir na qualidade da aprendizagem dos estudantes, enquanto sujeitos capazes de protagonizar as mudanças e transformações sociais, nos espaços que ocupam e confirma a educação libertadora que melhora a vida das pessoas, como fora apregoada por Paulo Freire.

No último 19 de setembro, o patrono da nossa educação completou 99 anos de nascimento e já se preparam, no Brasil e em outras partes do mundo, programações alusivas aos 100 anos desse baluarte, como o fez o Conselho Estadual de Educação do Maranhão, ao instituir o Comitê 100 anos de Paulo Freire – O vínculo da Educação com a indignação e a esperança. Trata-se de um coletivo que irá desenvolver ações alusivas a Freire, para manter vivo seu legado.

Exaltar o ideal de Freire é investir na educação das pessoas, sobretudo das camadas mais pobres, com o compromisso de que possam alçar melhores condições de vida, com emancipação social, política e cultural. E essa é a bandeira do governo Flávio Dino, que tem sido levantada em todos os municípios maranhenses, com medidas que vão desde a garantia do acesso, com a melhoria das estruturas escolares, valorização dos nossos professores e ações para motivar nossos alunos no sentido de que estudem e aprendam, com qualidade, em condições iguais ou até melhores que os da rede privada.

Em um tempo breve, creio, gerações de maranhenses vivenciarão os frutos das mudanças promovidas, hoje, por este governo. Já não temos mais do que nos envergonhar no cenário nacional, mas ainda há desafios a serem superados e, por isso, precisamos continuar com o mesmo foco, tal qual Paulo Freire defendeu: “[…] Olhar para o passado deve ser apenas um meio de entender mais claramente o que e quem eles são, para que possam construir mais sabiamente o futuro.”

Viva Paulo Freire!
Viva a educação do Maranhão!

Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação e Reitor IEMA
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
26/09/2020

 

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