Caso envolve suposto esquema montado para desviar recursos do cartório de 1o Ofício de Caxias

O candidato a prefeito de Paço do Lumiar e empresário Fred Campos (PSB) entregou sete certidões ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão sem incluir nada que fizesse referência à Operação 18 Minutos, que investiga quatro desembargadores e dois juízes por suspeitas de fraudar decisões judiciais para desviar recursos do Banco do Nordeste.

No entanto, o que causa curiosidade é que um dos documentos apresentados por Campos no Requerimento de Registro de Candidatura feito à Corte  Eleitoral, para que possa concorrer ao cargo de prefeito de Paço, revela mais um escândalo envolvendo magistrados maranhenses. CERTIDÃO AQUI

Segundo as informações, o candidato do PSB na disputa pela prefeitura luminense é acusado pelo Ministério Público de participar em companhia da desembargadora Nelma Sarney e outras mais 14 pessoas figura como réus em outra ação que apura um suposto esquema montado para desviar recursos do cartório de 1o Ofício de Caxias, a partir da designação da interinidade de Delfina do Carmo Teixeira de Abreu.

Aliado do ex-deputado-genro-de-desembargadora, Edilázio Jr., Fred Campos aparece em todas as situações que envolvem Nelma Sarney nas supostas falcatruas apresentadas à Justiça pelo MP, com riqueza de detalhes.

Os documentos anexados tanto na Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa 08098828-38.2020.8.10.0029, quanto no Inquérito Civil 3982-254/2017, somando mais de 1.500 páginas, acentua sobremaneira a suspeita de um conluio premeditado entre o Fred Campos e a desembargadora. O objetivo era substituir Tânia Alba Fiúza por Delfina de Abreu no comando do primeiro ofício caxiense.

A Grande Família

Analisando o documento foi possível constatar que Fred responde, junto com seu pai Flávio Henrique Silva Campos, ao procedimento que se encontra conclusos desde o dia 23 de abril deste ano.

No inquérito da operação 18 minutos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no dia 14 deste mês, o pai de Fred Campos aparece como o receptor de R$ 1,5 milhão de reais, que seriam oriundos do esquema fraudulento para desviar recursos de instituições como o Banco do Nordeste.

Consta nos autos que, após receber o deposito milionário em sua conta bancária, Flávio Henrique Silva Campos transferiu recursos para seis investigados: dois deles eram seus filhos – Frederico de Abreu Silva Campos e Alderico Jefferson Abreu da Silva Campos.

De acordo com as investigações, Fred que é identificado no inquérito com as inicias F. DE.A.S.C, foi beneficiado com R$ 180 mil. Alderico, por sua vez, é identificado pelas inicias A.J.A.DA.S.C, recebeu a bagatela de R$ 150 mil.

Situação complicada

Embora consiga o deferimento de sua candidatura no juízo da zona eleitoral, Fred pode enfrentar complicações quando o processo de registro chegar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), mas, os detalhes deste assunto iremos abordar em nossa próxima matéria. Aguardem!