ROSEANA X FLÁVIO DINO

ROSEANA X FLÁVIO DINO

Astrogildo Pequeno

Hoje o Senador Lobão declarou que é candidato à reeleição e que Roseana será candidata ao governo, de novo. Nisso, já há quem diga que 2018 será o ano do grande embate: Dino contra Roseana.

Não penso assim. A política tem uma dinâmica própria e pouco previsível, mas sempre aparece um vidente para lhe interpretar o futuro. Eu inclusive. Com uma diferença, interpreto sem paixão e após muitos anos de vivência da nossa política.

Em 2010 Roseana deu uma surra em Dino e Lago, ganhando no primeiro turno. Em 2014 foi a vez de Flávio Dino devolver a peia ao Grupo Sarney com uma inquestionável vitória. Mas as circunstâncias eram completamente diferentes. Em 2010, o Grupo Sarney estava ainda em forma, mas se desgastou completamente em 2014.  Nas últimas eleições ao governo do Maranhão a fadiga dos Sarney era tanta que qualquer um venceria o clã, até o Flávio Dino.

Em 2018 será a hora do desempate. Será?

Flávio Dino não parece mostrar grande competência na política e muito menos na administração do Estado. O seu Governo não deixará nenhuma grande obra e a única coisa que conseguiu construir foi uma fama de ranzinza, perseguidor e autoritário. As promessas de campanhas ficaram apenas no discurso fácil e sua administração parece cópia daquelas de tantos outros salvadores da pátria que passaram pelos Leões.

Já Roseana, muito embora o inegável carisma, já chega cansada para o embate. Seu último governo, o quarto (!), finalizou deixando a impressão de uma governante desanimada, apática e sem aparente muita alegria além dos netos e do carteado.

Para os dinistas, Flávio Dino tomou o poder dos Sarney. Para os sarneistas, Flávio apeou os Sarney DO poder, mas nem por isso o Grupo Sarney perdeu O poder. Nessa dicotomia, o mundo político parece girar entre esses dois pólos, dinistas e sarneistas.

Ledo engano. Roseana ainda amarga grande desgaste pelos muitos anos de exposição política e administrativa, enquanto Dino é outro desgastado pelos seus próprios erros, é o novo com aparência de velho, a mudança frustrada e o estereótipo do falso líder ao se colocar acima do bem e do mal mas tropeçar nas próprias ações.  Ela queimada pelo tempo, com ou sem razão, e ele chamuscado pelas próprias ações ou omissões, não obstante o pouco tempo de exposição.

Roseana é passado. E isso fica nítido quando coube ao octogenário Lobão o anúncio de sua candidatura, junto da dele.

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E Dino é o novo nascido velho. Ultrapassado, em razão da própria doutrina comunista que confessa. Está no lugar que tanto perseguiu porém não demonstra habilidade para mudar o quadro que viveu criticando ou humildade para reconhecer a necessidade de modificação de rota. A prova de que perdeu o bonde da História é quando se avalia seu governo, sua prepotência e sua oportunidade perdida de repaginar o Maranhão.

Na média, os chamados cinquenta anos de Sarney foram superiores aos 03 anos de Dino, em realização e entrega. Dino ficou nas promessas de mudança sem nada de efetiva realização, além de uma milionária propaganda estatal, maquiando a dura realidade. O “Maranhão de Todos Nós” da mídia oficial continua sendo desigual, injusto e pobre. Mais pobre agora com o desmonte da sua economia após aumento tresloucado de impostos, taxação diversa e nenhuma criatividade.

Para quem pensa que 2018 será o “tira-teima” da disputa pela hegemonia no poder maranhense digo que essa lógica invoca a briga do velho contra o superado e nesse contexto, o novo, correndo por fora, pode triunfar

Nunca o novo foi tão esperado.

Que o tempo confirme.

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